Por onde anda nossa maturidade?

Já lutou-se pela liberdade, pela democracia, pelo reconhecimento. Hoje a luta já não existe. A obediência é camuflada pela justificativa de comportar-se como os outros esperam, e essa relação de pré-concepção da idéia alheia é recíproca a muita gente, transformando este comportamento num 'loop infinito', sem início ou fim, que não leva a crescimento ou lugar nenhum.

Hoje veste-se por identificação com o espelho do televisor, vota-se por protesto (mesmo que não se saiba contra o que protestar), por deboche, pelo simples medo de ousar ter uma opinião própria.

Há muito tempo não somos um gás ideal (modelo da física), se é que já fomos, há sempre um atrator estranho para o qual orienta-se grande parte da massa de pessoas na hora de responder sobre suas ânsias e opiniões resultantes do raciocínio próprio e livre. Hoje os gênios são ocultados, abafados, pensar diferente não é mais ser anarquista, ou revolucionário, é ser metido, do contra, errado. A perspectiva da comunidade científica, de que o conhecimento da humanidade tem um crescimento exponencial, só é amortecida pela quantidade quase infinita de pessoas que acreditam que as coisas são estáticas, direito (sem mérito) de todos, e sem exigência de responsabilidade. Uma quantidade infinitesimal de pessoas ainda acredita que é possível pensar em soluções para a comunidade, não só para si, que resulte num crescimento do nível de satisfação da vida e do bem estar geral. Estas idéias não cabem nas primeiras páginas dos jornais, e os programas que cultuam este comportamento não pertencem à rotina de quem nos representa na hora de decidir o que é bom para a evolução da vida.

É como um cano furado na rua. Quem passa e vê, espera que outra pessoa venha resolver o problema. Mas quando a água falta na sua torneira, o governo é o culpado de todos os problemas que acompanham as consequências da própria atitude de negligenciar o dever de fiscalizar como anda a vida da população a que pertence. Nossa sociedade cheia de críticos e quase ninguém tem coragem de fazer a sua parte para construir um mundo melhor.