A ilusão da reciclagem - parte 1


Já vimos muitas propagandas, campanhas, músicas, artistas famosos, tantas coisas pregando a necessidade de tratarmos com mais cuidado nosso lixo.

Separe seu lixo, recicle.

Separar o lixo e mandar tudo pelo mesmo caminhão, realmente não vai dar resultado algum. De fato, vai criar uma falsa impressão de que estamos contribuindo em alguma coisa para a sociedade enquanto, na verdade, estamos apenas contribuindo com o consumo de mais sacolas de lixo. Mais plástico para o lixo.

Pouco se vê na mídia sobre as outras duas soluções mais eficazes: reduzir e reutilizar. E não estou falando de pegar papel e plástico usado para fazer artesanato. Isso é uma forma divertida de continuar não fazendo nada. Isso mesmo, não é pouco nem alguma coisa, é nada.

Você faz compras, traz tudo em sacolas oxi-biodegradáveis e se sente ecologicamente correto. Continua sendo tapeado. Busque por conta própria, observe as coisas simples que não estão sendo ditas, mas que você já vivenciou.

Tenho uma fechadura de porta de vidro com problemas. Quando dá duas voltas na chave, a fechadura trava do outro lado. Bem, pensei em trocar o cilindro. Mas, vamos pensar um pouco.

A fechadura é composta de três partes principais: a parte externa, que você vê, o cilindro, onde você encaixa a chave, e o miolo, que são as engrenagens internas que controlam o trinco e a trava. No site do fabricante, vi que cada parte é fabricada separadamente. MAS, a cada ano são lançados novos modelos.

Se você instalou uma porta em 2010, e a empresa usou um modelo mais antigo que o do catálogo, quando der problema você vai ter que trocar tudo.

Mas eu só tinha problema no miolo, e ainda poderia aproveitar o cilindro, evitando fazer todas as cópias das chaves novamente. Só que o miolo não tinha disponível na loja, apenas o conjunto completo: miolo, chave e cilindro.

Em geral, se a gente quer o problema resolvido, vai lá e compra logo. Joga o velho fora, já que não tem mais no mercado (de acordo com uma loja) as outras peças sobressalentes. Imagina, uns 300 gramas, mais ou menos, de metal simplesmente jogado fora.

continua...

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