Feliz calendário novo
Anteriormente: (30/12/2006 ~ 23h) Feliz "Ano Novo"
A idéia é propor um pensamento sobre o tempo de forma contínua. Quebrar o modelo cíclico e periódico imposto pelo calendário e pelo relógio. Esta idéia será uma forma de libertação do ser, das guias formais do mundo burocratizado. A sociedade cronometrada e limitada por periodos e pazos tende a sentir a vida de forma discreta, quantizada, em horas, dias e meses necessários para efetuar tal ou qual tarefa. Desta forma tudo é subdividido com o objetivo de preencher espaços não maiores que os "alocados" temporalmente nos calendários e nos marcadores de tempo portáteis. Acredito que esta forma de pensar na vida limite a possibilidade do ser em pensar na continuidade não fragmentada de sua história, com consciência na dependência sensível das decisões, ações e pensamentos próprios afetando o mundo ao seu redor.
A idéia é propor um pensamento sobre o tempo de forma contínua. Quebrar o modelo cíclico e periódico imposto pelo calendário e pelo relógio. Esta idéia será uma forma de libertação do ser, das guias formais do mundo burocratizado. A sociedade cronometrada e limitada por periodos e pazos tende a sentir a vida de forma discreta, quantizada, em horas, dias e meses necessários para efetuar tal ou qual tarefa. Desta forma tudo é subdividido com o objetivo de preencher espaços não maiores que os "alocados" temporalmente nos calendários e nos marcadores de tempo portáteis. Acredito que esta forma de pensar na vida limite a possibilidade do ser em pensar na continuidade não fragmentada de sua história, com consciência na dependência sensível das decisões, ações e pensamentos próprios afetando o mundo ao seu redor.
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Impossível imaginar no caos pensando na vida baseada nos preconceitos do calendário e do relógio, das horas nossas de cada dia. O que usamos para "medir" o quanto passamos da vida é o tempo, o problema que vejo é que começamos a tomar como "escala" intervalos muito grandes. Escala, se alguém tiver dificuldade em entender, é a divisão de uma certa medida (na régua comum, de 30 centímetros, a escala é dividida em milímetros. Onde cada centímetro tem 10 milímetros). Assim, como de costume medimos o tempo de vida de uma pessoa em anos. Isto nos dá, tomando como base uma pessoa que viva 70 anos, uma possibilidade de 70 anos de realizações. Opa.. passamos pelo menos uns 15 a 20 anos tentando entender afinal onde estamos (outros passam toda a vida). Nos sobra 50 anos para fazer tudo o que precisamos para deixar a vida completa de sentido (a quem busca). 50 anos.. é muito ou pouco tempo?
Costuma-se comparar coisas com outras para tentar aproximar um adjetivo que caracterize sem desmerecer as qualidades. Comparamos uma pessoa baixa com outra alta, ou alguém ainda mais baixo. Comparamos ricos com pobres, feliz e triste, claro escuro. Uma das mais imprecisas comparações do dia dia, parece-me, que é a temperatura. Afinal, na nossa escala Celsius, do gelo à água em ebulição são 100 divisões em graus, e mesmo assim só sabemos dizer se algo está quente ou frio. Se quente, o quão quente está sabemos do tamanho da dor da queimadura ou do conforto que proporciona.
Escalas... escalas... está em toda parte e não sabemos usalas de forma padronizada. Os profissionais da mídia sabem bem o que escala significa. Um tropeço pode ser um acidente fatal, uma chuva pode ser uma tempestade inesperada. Algo que causa apenas insatisfação geralmente é um bom motivo para uma grande polêmica. Algo que pode mudar o mundo com idéias fantásticas de valor, conteúdo e cultura pode ser mostrado como algo chato e sem sentido.
Nossa vida é tomada por escalas muito grandes. Isto é problema? Bom, podemos sempre fazer mais ou menos coisas dentro dos mesmos intervalos. Deixar a vida variada de experiências mas, o que importa realmente no problema é a escala que usamos? Lembre-se que falei que "Impossível imaginar no caos pensando na vida baseada nos preconceitos do calendário e do relógio...", no entanto usamos o calendário e o relógio para guiar nossa vida, que de harmônica não existe nada. O caos rege a vida da forma que vemos e no mundo que não vemos. Aos olhos de um descrente da vida tudo é amizade, interesse, prazer e raiva. A vida tem muito mais que isto, e é necessário parar de vez em quando para perceber o que deixamos acontecer sem sequer pensar na nossa responsabilidade.
O mundo acontece. A vida acontece. Nós acontecemos neste meio e fazemos parte do mundo e da vida, e não o contrário.
O calendário acaba em 31 de Dezembro, a vida não. Não há barreira entre cada intervalo ou sub-intervalo do tempo que medimos, o que há é a vida.
Parabéns pelo novo calendário! Se isto é necessário para repensar na vida, rever conceitos, preconceitos, atitudes, fazer planos... se um calendário novo é tão importante para tudo isto, então cuidado. Você pode ter deixado o ano todo inteiro sua vida de lado. Todo o 1 ano, dos 364 dias anteriores, das 24 horas de cada um destes dias, das milhares de pessoas que passaram perto de você, das quais algumas precisaram de você... das quais algumas você precisou em cada dia de todos os dias da sua vida.
Impossível imaginar no caos pensando na vida baseada nos preconceitos do calendário e do relógio, das horas nossas de cada dia. O que usamos para "medir" o quanto passamos da vida é o tempo, o problema que vejo é que começamos a tomar como "escala" intervalos muito grandes. Escala, se alguém tiver dificuldade em entender, é a divisão de uma certa medida (na régua comum, de 30 centímetros, a escala é dividida em milímetros. Onde cada centímetro tem 10 milímetros). Assim, como de costume medimos o tempo de vida de uma pessoa em anos. Isto nos dá, tomando como base uma pessoa que viva 70 anos, uma possibilidade de 70 anos de realizações. Opa.. passamos pelo menos uns 15 a 20 anos tentando entender afinal onde estamos (outros passam toda a vida). Nos sobra 50 anos para fazer tudo o que precisamos para deixar a vida completa de sentido (a quem busca). 50 anos.. é muito ou pouco tempo?
Costuma-se comparar coisas com outras para tentar aproximar um adjetivo que caracterize sem desmerecer as qualidades. Comparamos uma pessoa baixa com outra alta, ou alguém ainda mais baixo. Comparamos ricos com pobres, feliz e triste, claro escuro. Uma das mais imprecisas comparações do dia dia, parece-me, que é a temperatura. Afinal, na nossa escala Celsius, do gelo à água em ebulição são 100 divisões em graus, e mesmo assim só sabemos dizer se algo está quente ou frio. Se quente, o quão quente está sabemos do tamanho da dor da queimadura ou do conforto que proporciona.
Escalas... escalas... está em toda parte e não sabemos usalas de forma padronizada. Os profissionais da mídia sabem bem o que escala significa. Um tropeço pode ser um acidente fatal, uma chuva pode ser uma tempestade inesperada. Algo que causa apenas insatisfação geralmente é um bom motivo para uma grande polêmica. Algo que pode mudar o mundo com idéias fantásticas de valor, conteúdo e cultura pode ser mostrado como algo chato e sem sentido.
Nossa vida é tomada por escalas muito grandes. Isto é problema? Bom, podemos sempre fazer mais ou menos coisas dentro dos mesmos intervalos. Deixar a vida variada de experiências mas, o que importa realmente no problema é a escala que usamos? Lembre-se que falei que "Impossível imaginar no caos pensando na vida baseada nos preconceitos do calendário e do relógio...", no entanto usamos o calendário e o relógio para guiar nossa vida, que de harmônica não existe nada. O caos rege a vida da forma que vemos e no mundo que não vemos. Aos olhos de um descrente da vida tudo é amizade, interesse, prazer e raiva. A vida tem muito mais que isto, e é necessário parar de vez em quando para perceber o que deixamos acontecer sem sequer pensar na nossa responsabilidade.
O mundo acontece. A vida acontece. Nós acontecemos neste meio e fazemos parte do mundo e da vida, e não o contrário.
O calendário acaba em 31 de Dezembro, a vida não. Não há barreira entre cada intervalo ou sub-intervalo do tempo que medimos, o que há é a vida.
Parabéns pelo novo calendário! Se isto é necessário para repensar na vida, rever conceitos, preconceitos, atitudes, fazer planos... se um calendário novo é tão importante para tudo isto, então cuidado. Você pode ter deixado o ano todo inteiro sua vida de lado. Todo o 1 ano, dos 364 dias anteriores, das 24 horas de cada um destes dias, das milhares de pessoas que passaram perto de você, das quais algumas precisaram de você... das quais algumas você precisou em cada dia de todos os dias da sua vida.
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