Escritos antigos [08/09/2003]
Andei revendo uns backups velhos.. isso mesmo, cópias de segurança: tenha várias.
É de uma conta antiga de um blog que nem existe mais. Assegurei-me de baixar todo o material antes de perder a conta. Sendo assim, para não ficar, mais uma vez, perdido, vou postar aqui o que for mais relevante.
Já tem oito anos que escrevi essas coisas.. quase não parece comigo, mas houve um tempo que era idêntico.
Então, segue:
"De que vale o eterno criar,
Se em nada acabar?"
Fugindo do significado original desta sitação, vamos deixar a mente vaguear um pouco pelos sonhos que tentamos seguir nessa vida. Do que vale sonhar, se não podemos curtir os frutos de toda essa aventura? A redenção...
O conteúdo do vago
Fechei a boca e calei
O grito seco e oco do meu peito
Que sangrou por sonhar tranqüilo
E perturbado acordou tremendo
Sol forte e vento frio
Luzes ao espaço
Encontra o caminho escondido
Entupido, engasgado, palavra azeda
Estrada longa, não negue meu desejo
Sou eu quem devo saber fincar
Meus passos fortes em teu caminho
E soltar a cada andança
As rédeas e correntes da velha irrazão
Desculpa o grito alarmado
Do que segue e deixa despertar
Pois argumentos nunca irão
Faltar-me aos dedos para apontar
A direção que irei tomar
Não mentirei meu saber
Nem esconderei meu poder
Já aprendi a tarefa árdua
Do despertar ao amanhecer
Se já fosse assim, meu destino
Criado, entalhado, esculpido e polido
Aos poucos, sempre saberia, com um martelo
Despedaçar tudo que jazia nesta pobre escultura
Pois se é p'ra sofrer
Já não quero
E se for p'ra deixar
Já preparo para correr
De nada vale o eterno sonhar
Se ao fim da noite, no amanhecer
Quando tudo finalmente clarear
Não sobrar mais que lembranças.
A cada amanhecer a vida toma um novo rumo. As surpresas nos testam e medem forças com a consciência. De nada vale, nesta hora, a ciência do saber. O que puxa nossas cabeças para enxergar, nada mais é que o instinto, a verdade profunda escondida na nossa personalidade que, forma definida pode não ter, só para o consciente, mas que com a sensibilidade podemos encontrar o que almeja este espírito escondido nos nossos medos acorrentado aos nossos desejos.
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