O movimento contra a violência infantil

Há pouco tempo, um movimento vem se tornando visível pela internet. Pessoas mudam seus avatares (as figuras que usam para se identificar) para personagens da literatura infantil. São heróis japoneses, personagens de gibi, os vários ícones que fizeram da nossa infância uma das melhores possíveis de se imaginar.

O propósito deste movimento é se posicionar contra a violência infantil.

Uma amiga publicou o seguinte comentário pelo fbook:
"Eu sei que mudar a minha foto no perfil não vai ajudar efetivamente ninguém, até porque muitas das crianças pelo mundo nem sabem o que é um computador, mas faço isso porque não quero perder a essência de criança e apesar de todas as coisas que tentam endurecer meu coração não quero me entregar ao ridículo ato de ser adulta apenas e em vez de abrir meu coração para curtir coisas simples como essas que trazem ótimas recordações da minha infância, ficar questionando se é errado ou certo fazer isso, e pior ficar julgando os que fazem (ô rabugice). Quero que nunca morra a criança dentro de mim, que tem alegria, que se diverte mesmo que com poucas coisas, que dá gargalhadas escandalosas, que dança na chuva, que acredita, que chora nos braços do Pai, que ama as coisas simples da vida e que tem fé acima de tudo!!!" (Rosaninha Atanázio)

De fato, não é a foto que vai fazer a diferença, é o exemplo assumido por quem decide ser contra a violência sofrida pelas crianças que vai ter real efeito na sociedade. Quando alguém diz basta, influencia as pessoas ao redor que concordam com a causa, que assim vão dando continuidade na escolha que, com o tempo, se transforma em mudança de atitude. Escolhas vão longe em forma de pequenas atitudes.

A ciência concorda que o bater das asas de uma borboleta pode influenciar um tornado no outro lado do mundo. Assim são as atitudes humanas, as mais pequenas, quase imperceptíveis.

Somos seres humanos, temos a capacidade de criar a vida de nós mesmos. Mesmo quem, por algum motivo, não o possa, poderá ter participação na tarefa seguinte, tão valiosa quanto a primeira: a de cuidar de uma criança.

Palavras, gestos, caretas, sorrisos, broncas, limites. Tantas coisas que vão juntando no crescimento de uma criança. Todas essas pequenas batidas de asas, das pessoas que passaram por nossas vidas na infância, que contribuíram direta ou indiretamente, por desenhos, músicas, brincadeiras, lições de moral na escola. Tudo isso resulta na pessoa que somos agora, no adulto maduro, com seus problemas, suas virtudes, com uma imensa capacidade de errar, e mesmo assim uma força infinita capaz de consertar. Sabemos o caminho que trilhamos, então vamos passar isso adiante.

Com carinho e amor, é  melhor forma de se criar uma nova vida. Nossos filhos só esperam isso: amor e coerência.


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