O que se quer e o que se tem


A verdade não é correta só por ser conveniente. Essa afirmação me ocorreu durante uma conversa qualquer. Algumas medidas que precisamos tomar, nem sempre são fáceis ou aceitáveis, mas podem ser indispensáveis.

Lembro-me daquela velha estória infantil do monstro com o espinho no pé, e não tirava pois ia doer demais, e aguentava a dor, julgando ser menor que a outra de arrancar o espinho.

Certos vícios que corroem a saúde, passam despercebidos, camuflados pelo prazer que proporcionam. Argumentos que defendam a continuidade do hábito tornam-se infinitos ciclos de desculpas, tornando a falsa lógica correta simplesmente por ser a que o viciado consegue aguentar, negando a si mesmo a verdade inegável. Está dominado.

Todos temos a liberdade de escolher caminhos. Até mesmo caminhos ruins. Tentar justificar a liberdade com argumentos falhos é confirmar que, na verdade, o que se defende é a existência de uma prisão.

Nunca imaginaria os pássaros defendendo a vida na gaiola por tornar a vida mais simples.

E aproveitando um pensamento alheio, para finalizar:
"A liberdade é algo maravilhoso, mas não quando o preço que se paga por ela tem de ser a solidão."
(Bertrand Russell)

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