O papel de cada um


Ainda existe muita gente que acredita na forma de trabalho ensinada pelo nazismo e a maneira de educar aplicada no exército. Um sem humanidade, outro sem carinho. O trabalho puramente não dignifica o homem, são suas ações no meio social.

Nessa estranha relação do ser humano com o mundo em que vivemos, ressoam efeitos que uns acreditam ser globais. Se é tão forte a soma de cada interação humana no ambiente, porquê é tão difícil uma evolução em termos de maturidade? É realmente interesse global permanecer as coisas da forma em que estão organizadas?

Em uma postagem passada (O que falta...), terminei com uma frase que achei pela cidade: "O que sobra na sua casa falta na minha". O texto eu tinha escrito pensando nela, mas acabei falando de um monte de outras coisas e apenas soltei a frase no final.

No filme "Jornada nas Estrelas: primeiro contato", é contado um pouco da mudança ocorrida na sociedade mundial depois de saber que já não estavam sós no universo. Talvez não precise de tanto, mas simplesmente perceber que não somos tão gigantescos como imaginamos, e que há mais espaço fora que dentro do nosso mundo, e muita coisa para ser, ao menos, apreciada.

Recentemente, foi discutido no programa "Em frente", da TV Aparecida, o assunto da terceira idade. Onde muita gente chega e não sabe o que fazer. Depois de uma vida inteira de trabalho, sentem-se inúteis diante da sociedade. De fato, numa sociedade onde o dinheiro mede a importância das pessoas, qualquer um com menos vai se sentir reduzido. Nesta escala, sim. A vida, em si, não tem escala para graduar valores. A importância de cada ser vivo é dada pela sua simples existência. Alguém marca o horário de expediente dos pássaros, ou das abelhas? Mas sem o trabalho destes pequenos não teríamos muita opção de alimentos.

A vida pode ser mais simples que parece, ou mais complicada que o necessário. O conjunto de escolhas e valores mal atribuídos, sem te em mente o fundamental, nos encaminha para um fim de vida com poucas lembranças, pouca experiência emocional, e muitas vezes sem frutos, sem ninguém.

O acúmulo do que não é essencial causa desperdício, e esse desperdício é o que falta onde não deveria faltar. A indiferença e falta de interesse comum em resolver o problema de todos fez alguém ir à rua, com uma lata de tinta, e escrever na parede de alguém: O que sobra na sua casa falta na minha.

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