Teoria da evolução: o homem e a manteiga

Certas discussões já não fazem tanto sentido, nos dias de hoje. Tanto se cresceu, tecnologicamente, e a humanidade ainda parece estar presa na necessidade de entender as coisas pelas explicações dos outros. Vamos pensar um pouco mais, ter nossas próprias ideias não vai mais levar ninguém à fogueira ou apedrejamento. Somando a isso, vamos aprender a ouvir as ideias dos outros, pois ninguém mais tem autoridade de inquisidor.

Esclarecendo, a Teoria da Evolução escrita por Darwin, não diz que o homem é descendente do macaco, assim não há necessidade de piadas como "eu não sou macaco" e "porquê os outros macacos não evoluíram?", pois a evolução se deu, de acordo com a teoria, a partir de uma espécie humana primitiva. Da mesma forma que hoje não morremos de certas doenças, devido à imunidade herdada geneticamente, certas coisas vão mudando formas e funcionamento no corpo humano. Milhares de anos são o suficiente para mudanças mais radicais.


A ciência não nega a religião nem a religião nega a ciência. São duas formas de enxergar a mesma coisa. Se é difícil para um cientista acreditar na santíssima trindade, talvez seja mais fácil acreditar que gelo, água e vapor podem ser a mesma coisa, mesmo sendo diferentes. Ao mesmo tempo, se é pregado que o universo foi criado por um Deus onipresente e num determinado instante da história, talvez por ser mais fácil de explicar que tudo foi criado a partir de uma enorme explosão que veio do nada.


O eterno pode durar o intervalo de uma vida, assim como é infinita a distância entre 2 e 1 no mundo Real.

É tão mais fácil saber que a manteiga veio do capim que a vaca comeu, que esquecemos todo seu processo de fabricação. O caminho é importante e deve ser percorrido, não vamos esquecer tudo que já se passou na história.

A briga entre o que é certo para um e errado para o outro reside apenas na falta de capacidade de aceitar não ter a última palavra. Se, ao invés de usarmos o termo "tá vendo?" ou "eu te disse!", para terminar uma conversa, e passássemos a usar "tudo bem, vamos conversar sobre outra coisa", talvez pudéssemos desenvolver mais soluções que dúvidas.

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